PR: ‘ISS Tecnológico’ ainda é pouco aproveitado

Procura de empresas londrinenses para aderir ao programa ainda é pequena; desde que entrou em vigor, apenas três foram aprovadas

img_164Instituído em 2010 com o objetivo de promover o desenvolvimento tecnológico das empresas londrinenses, o “ISS Tecnológico”, ainda rende poucos frutos. Com a disponibilidade anual de R$ 1 milhão para isenção do Imposto Sobre Serviços (ISS), o programa possibilita que as empresas utilizem parte do tributo que pagariam, para investir em projetos de desenvolvimento tecnológico, desde que cumpram exigências preestabelecidas. Mas até agora pouco se aproveitou do benefício.

A procura pelo programa tem sido baixa e de acordo com a diretora de ciência e tecnologia do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Rosi Sabino, apenas seis empresas apresentaram projetos, desde que o programa entrou em vigor.

Algo que ela relaciona, em parte, à falta de informação e visão do empresariado, que ainda não se conscientizou do quanto o benefício pode ser importante no crescimento dos negócios. “Muitos empresários ainda não têm a visão de planejamento e de enxergar no que poderia estar aplicando o benefício”, diz Rosi, destacando que a ideia é intensificar o contato com as empresas, que podem utilizar até 40% do valor do ISS que foi pago nos últimos 12 meses para investimentos. “É algo bem significativo”, destaca.

Tal porcentagem é restrita às micros e pequenas empresas que tiveram movimentação mensal máxima de R$ 10 mil. Para movimentações entre R$ 10 mil e R$ 20 mil, o abatimento é de 20% e quem movimentou valores superiores a R$ 20 mil pode deduzir 10%.

Rosi lembra que o valor não é restituído à empresa. Aquilo que foi pago ao longo de um ano serve como base de cálculo para a isenção do imposto que ainda será pago pela empresa no período seguinte.

Se o interesse pelo “ISS Tecnológico” já é pequeno, a quantidade de projetos aprovados até agora é ainda mais tímida. Apenas três empresas conseguiram aprovação junto à Comissão de Análise, que é formada por entidades, como a Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil) e Universidade Estadual de Londrina (UEL), além dos poderes Executivo e Legislativo. Juntos, os três projetos totalizaram R$ 68 mil. “Ainda existe uma dificuldade na hora de escrever e apresentar o projeto. Além de estar com os tributos e documentações em dia, a empresa precisa demonstrar que aquele projeto vai, realmente, gerar um desenvolvimento tecnológico e torná-la mais competitiva. Pode ser uma nova certificação, um software ou até um projeto de automação”, exemplifica Rosi.

“O empresário quer crescer, a gente sabe disso. Mas para quem ainda não sabe como funciona, a orientação é que busque informações junto a sua entidade de classe”, ressalta Marcus Von Borstel, membro do Comitê Gestor da Lei Geral das Micros e Pequenas Empresas de Londrina.

Ele destaca que os micros e pequenos empresários são um foco relevante do programa. “Tanto que 50% daquele R$ 1 milhão disponibilizado é voltado exclusivamente para essas empresas”, complementa.

Borstel ainda aponta que o “ISS Tecnológico” também busca o desenvolvimento de fornecedores de produtos e serviços no município. Tanto que uma das principais exigências para aprovação de um projeto é que o fornecimento seja feito por uma empresa igualmente londrinense. “A ideia é justamente trazer fornecedores para Londrina e criar essa demanda”, ressalta.

Fonte: FolhaWeb

Via: http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1–135-20130601