Os parlamentares defensores da reabertura e ampliação do Refis da Crise para todas as empresas até 2013 querem vencer o governo no cansaço. Assim fizeram no ano passado, aprovando novos prazos de adesão ao Refis, envolvendo débitos fiscais contraídos até o final de 2008, após sucessivos vetos da presidente Dilma Rousseff.

Dessa vez, os adeptos da proposta querem ampliar o prazo das dívidas que possam ser incluídas no parcelamento em até 180 meses. O relator da Medida Provisória 627, deputado Eduardo Cunha, só aceitou incluir a reabertura do prazo de adesão ao Refis até dois meses após a publicação da lei, mas mantendo os débitos até 2008.

“A presidente já avisou que vai vetar [a ampliação até 2013], mas não vamos parar por aí e vamos reapresentar a proposta quantas vezes forem necessárias”, afirmou ao DCI o deputado Alfredo Kaefer, no lançamento realizado na Câmara da agenda legislativa da Fenacon, entidade das empresas contábeis. Ele foi autor de uma das três emendas de reabertura do Refis apresentado à MP 627. “Por que só reabrem o Refis para os bancos? É que as outras empresas não financiam campanhas eleitorais”, atacou o diretor Político da Fenacon, Valdir Pietrobon, referindo-se ao fato de a MP esticar a adesão ao Refis para os débitos até 2013 a favor de bancos e seguradoras. Decisão praticamente aprovada no STF veda doações eleitorais de empresas, tema também de projeto de lei aprovado ontem pela CCJ do Senado.

Fonte: DCI – SP

Via: Fenacon