Contabilidade: passar na prova é o primeiro passo para exercer a profissão

Em setembro do ano passado, o então estudante de Ciências Contábeis da Unisinos Virgílio Müller figurava entre os 1.527 gaúchos que responderam as 50 questões da prova de suficiência para bacharéis. Como estava no final da graduação, decidiu se inscrever para descobrir como era o exame. Pouco tempo depois, viu que era um dos 942 aprovados. Em janeiro se formou, já com o registro em mãos. “Solicitei o registro definitivo após a colação de grau”, explica Müller. Estudantes podem realizar a prova e requerer um registro provisório, tendo o prazo de dois anos de validade. Se o candidato não se graduar nesse meio tempo, a aprovação expira.

Müller começou a estudar contabilidade em 2008, no olho do furação das mudanças provocadas pela necessidade de adoção das normas internacionais. Quando iniciou na faculdade, ainda não havia a necessidade de prestar o exame para obter o registro profissional para exercer a profissão. Mesmo assim, o jovem se mostra favorável à obrigatoriedade da prova. “É uma boa maneira de nivelar o ensino da contabilidade. E permite selecionar os bons profissionais”, opina.

Ainda na faculdade, ele já trabalhava em empresas no setor contábil. Com diploma e registro garantidos, Müller se tornou sócio em um escritório de contabilidade em Estância Velha, onde vive. Para quem vai prestar o exame em março, o contador alerta: não adianta deixar para estudar apenas na última hora. “A prova te faz pensar. Tem muitas questões difíceis, que são de interpretação. Não adianta só decorar, é preciso ter o conhecimento”, salienta.

Fonte: Jornal do Comércio RS