Pense em robôs como aliados

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Por Mauro Negruni

Algumas pessoas acreditam que aprenderam algo quando são capazes de reproduzir o que viram, ouviram ou memorizaram. Se você é uma destas pessoas fique alerta. Pesquisas recentes avaliam que muitas tarefas relacionadas a atividades – repetitivas – poderão ser substituídas por robôs. Isso não significa que você perderá seu posto de trabalho, mas que você será desafiado a aprender novas tecnologias, desenvolver novas habilidades e capacitar-se para guiar o trabalho de um robô.

O homem, felizmente, nunca está satisfeito o resultado obtido. Trabalha e desenvolve técnicas para aperfeiçoar aquilo que aparentemente já está bom. A isso chamamos desenvolvimento. E foi assim que a humanidade aumentou significativamente suas fontes de alimentação: criando novas técnicas de plantio, mecanização do trabalho e muitas vezes a substituição da mão de obra humana por braços mecânicos articulados, circuitos eletrônicos, etc. Vejamos, por exemplo, uma empresa que realizada colheita de frutos. Se ela possui ferramentas de colheita mecânica seria capaz de voltar a colher manualmente? Se for uma estratégia de mercado, sim. Por exemplo, divulgar que os frutos são colhidos um a um, desde que seu cliente opte por pagar por esta técnica. Se ela depende da produção massiva para sustentar baixos custos (de produção) talvez seja melhor investir ainda mais em tecnologia. Deste mesmo modo podemos pensar no frigoríficos, instalações de redes elétricas (subterrâneas ou aéreas), pavimentação, etc.

Para tarefas manuais em produção de bens é bastante fácil pensar que uma máquina possa substituir, com vantagens, o uso da mão de obra humana. Já quando pensamos em tarefas voltadas ao ambiente do backoffice (escritórios), geralmente precisamos de melhores exemplos. Vamos pensar um pouquinho como enviávamos correspondência até vinte anos atrás? Alguém era responsável por escrever, imprimir e postar o papel, geralmente num envelope – penso num escritório com uso de computadores com editores de texto. Como fazermos hoje: usamos um programa para redigir nossos textos. Esta tarefa, simples, conta com a ajuda de programas-robôs. Ou seja, suprimem a necessidade do nosso conhecimento (humano) para realizar a escrita. Sabem acentuar, separar sílabas, pesquisar em dicionário, etc. Estes programas foram sendo aprimorados ao longo do tempo para permitir que qualquer pessoa pudesse escrever um texto observando muitas regras da escrita. Obviamente a intelectualidade está no conteúdo do texto. Neste aspecto os humanos são imbatíveis. Ainda bem!

A técnica obteve tanto sucesso que há várias aplicações que se complementam, por exemplo, a revisão do texto ditado (falado para o editor eletrônico). Esta técnica permite a autocorreção quando uma palavra foi “mal ouvida pelo computador”. O modelo de robotização por programas pode ter inúmeras variações. Desde os mais simples – que apenas monitoram uma temperatura estabelecida (como em câmaras frias) e acionam ou não a refrigeração, como os mais complexos modelos de previsão do clima.

Este programa robô está responsável por inúmeras escritas fiscais de estabelecimentos de varejos, pois sua aplicabilidade é muito efetiva – pela quantidade de livros. Além disso, permite que a rotina mensal fiscal seja realizada de forma organizada e documentada, pois é necessário documentar ao robô suas tarefas, dependências, integrações, conciliações e outras tarefas típicas (e repetitivas) da equipe fiscal.

Por esta ótica creio que os profissionais tributários não tem um inimigo, mas um aliado. A cada dia percebemos que as equipes precisam ser mais e mais produtivas. Logo, é natural que contem com ferramentas desta natureza.

Se algum gerente tributário pedir “mais com menos” pense em robotizar tarefas. Se não for você, alguém irá pensar no seu lugar!

Fonte: Baguete