Gasolina pressiona e IGP-DI acelera 0,13% em outubro
Com o resultado, índice da FGV acumula alta de 6,24% no ano e elevação de 7,99% nos últimos 12 meses
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) avançou 0,13% em outubro após subir apenas 0,03% em setembro, divulgou nesta terça-feira (08/11), a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Com o resultado, o IGP-DI acumula alta de 6,24% no ano e elevação de 7,99% nos últimos 12 meses.
O período de coleta de preços para o índice de outubro foi do dia 1º ao dia 31 do mês passado. O IGP-M de outubro, que havia captado preços do dia 21 de setembro até o dia 20 do mês de referência, apresentou alta de 0,16%.
O IGP-DI é composto por outros três indicadores da FGV. A principal pressão em outubro veio dos preços ao consumidor, com destaque para a gasolina.
Assim, o indicador IPA-DI, que representa o atacado e faz parte do cálculo do IGP-DI, subiu 0,04% no mês passado, após recuar 0,03% em setembro.
O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo e também compõe o IGP-DI, cresceu 0,34% em outubro ante alta de 0,07% no mês anterior.
Já o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, apresentou alta de 0,21% após avanço de 0,33% no mês anterior.
GASOLINA
A alta nos preços da gasolina impulsionou a inflação ao consumidor no IGP-DI em outubro.
É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), que registrou alta de 0,34%, em outubro, ante avanço de apenas 0,07% em setembro.
Sete das oito classes de despesa apresentaram taxas de variação maiores. A principal contribuição foi do grupo Transportes, que saiu de queda de 0,11% em setembro para alta de 0,80% em outubro, com destaque para o comportamento da gasolina, que passou de redução de -1,23% para aumento de 1,77%.
Os demais resultados que contribuíram para acelerar o IPC-DI foram de Comunicação (de 0,08% para 0,89%), Alimentação (de -0,14% para -0,05%), Habitação (de 0,28% para 0,40%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,34% para 0,54%), Despesas Diversas (de -0,32% para 0,05%) e Educação, Leitura e Recreação (de -0,02% para 0,03%).
Os itens que se destacaram foram tarifa de telefone móvel (de 0,00% para 1,41%), hortaliças e legumes (de -8,23% para 1,37%), taxa de água e esgoto residencial (de 0,00% para 1,62%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,51% para 0,51%), alimentos para animais domésticos (de -0,28% para 3,17%) e show musical (de -4,59% para -1,73%).
Apenas o grupo Vestuário diminuiu o ritmo de alta de preços, saindo de 0,40% em setembro para 0,23% em outubro, sob influência de itens como acessórios do vestuário, que passou de 0,95% para -0,50% no período.
CONSTRUÇÃO
Os preços dos materiais e serviços ficaram estáveis em outubro, contribuindo para a desaceleração da inflação da construção IGP-DI. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) registrou alta de 0,21% em outubro, abaixo do resultado de 0,33% apresentado no mês anterior.
O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços não variou (0,0%) no último mês, após alta de 0,15% em setembro. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou elevação de 0,39% em outubro, ante crescimento de 0,48% no mês anterior.
Os itens que mais pressionaram o INCC-DI de outubro foram engenheiro (1,00%), ajudante especializado (0,25%), servente (0,32%), pedreiro (0,40%) e carpinteiro de forma e telhado (0,37%).
Na direção oposta, ajudaram a conter a taxa de inflação da construção os itens vergalhões e arames de aço ao carbono (-1,04%), cimento Portland comum (-0,62%), aluguel de máquinas e equipamentos (-0,27%), portas e janelas de madeira (-0,74%) e massa corrida para parede PVA (-1,15%).