União Europeia inicia cobrança de tarifas de importação sobre produtos americanos nesta sexta-feira
A União Europeia vai começar a cobrar tarifas de importação de 25% sobre uma série de produtos norte-americanos nesta sexta-feira (22). A medida é uma retaliação aos Estados Unidos, que impuseram sobretaxas para aço e alumínio do bloco no início de junho.
A comissão adotou formalmente a medida que estabelece as tarifas sobre 2,8 bilhões de euros (US$ 3,2 bilhões) em mercadorias dos EUA, incluindo uísque bourbon, motocicletas, milho doce e suco de laranja (veja lista abaixo).
“Nossa resposta é comedida, proporcional e totalmente de acordo com as normas da Organização Mundial do Comércio (OMC)”, afirmou em um comunicado divulgado na quarta-feira (20) a comissária europeia do Comércio, Cecilia Malmström. “Se os Estados Unidos eliminarem suas tarifas, as nossas medidas também serão eliminadas”, completou.
“Não queríamos estar nesta posição. No entanto, a decisão unilateral e injustificada dos Estados Unidos de impor tarifas no aço e alumínio europeu significa que não temos outra opção”, justificou, na ocasião.
A lista de importações afetadas já foi notificada à Organização Mundial do Comércio (OMC).
Veja alguns dos produtos que terão sobretaxa:
- Milho
- Arroz
- Suco de laranja
- Uísque
- Cigarro
- Tabaco
- Maquiagem
- Camisas de algodão
- Tênis
Produtos manufaturados de aço e alumínio
- Barcos
- Motocicletas
- Laquê para cabelo
A tensão comercial entre os países esquentou a partir de março, quando o presidente americano Donald Trump anunciou a imposição de tarifas do aço importado de diversos países pelos Estados Unidos. Trump também tomou outras medidas contra produtos importados, como a imposição de taxas sobre produtos chineses alegando roubo à propriedade intelectual.
Desde então, União Europeia e China também tomaram suas medidas contra os Estados Unidos, como a cobrança de impostos sobre produtos importados do país.
A onda protecionista no mundo afeta o mercado financeiro, o preço das ações em bolsas de valores globais e contribui para a alta do dólar em relação a moedas emergentes.
Fonte: G1