Acabar com a corrupção resolveria? 5 mitos sobre a reforma da Previdência

“A reforma da Previdência não é uma medida em benefício do atual governo, seu impacto fiscal será mínimo no curto prazo. É uma questão do Estado brasileiro, pois melhorará a sustentabilidade fiscal no Brasil, proporcionando maior justiça entre as gerações atual e futura. E, sobretudo, propiciando um horizonte de estabilidade ao país”.

Não foi Paulo Guedes, ministro da Economia de Bolsonaro, que proferiu as palavras acima. Foi Dilma Rousseff quando ainda era presidente da República, em 2016, sete meses antes de ter seu impeachment aprovado pelo Congresso.

Apesar de ter sinalizado mais de uma vez que defendia a criação de uma idade mínima para os brasileiros se aposentarem, ela não avançou na ideia. Além da resistência do próprio PT e de centrais sindicais, Dilma já perdia o apoio político e a capacidade de definir a agenda do Congresso.

A discussão sobre a reforma da Previdência foi ganhando corpo e culminou na apresentação, em dezembro de 2016, na Proposta de Emenda Constitucional 287 pelo governo de Michel Temer. Após uma longa tramitação (e desidratação), a proposta foi arquivada.

Uma nova reforma foi enviada pelo governo de Jair Bolsonaro e está atualmente em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.

Com o debate esquentando, a oposição tenta bloquear o avanço da medida ao mesmo tempo em que aumenta a circulação de dados errados e notícias falsas sobre as mudanças.

Fonte: EXAME