A Polícia Federal do Pará abriu investigação para apurar o furto de 14 computadores da sala de treinamento da Receita Federal, no prédio que funciona no local da antiga Caixa Econômica, na avenida Governador José Malcher com a José Bonifácio. Quem fez a comunicação à PF do furto foi o delegado da Receita, Paulino Barros Júnior.

Ele disse ter trancado a sala na sexta-feira e deu por falta dos computadores – notebooks – na segunda pela manhã, ao chegar ao local de trabalho. Segundo a PF, a perícia do órgão esteve no local na terça-feira, colhendo impressões digitais e tirando fotografias.

O que mais chamou a atenção dos peritos da PF foi o fato de a porta de acesso à sala não apresentar qualquer sinal de arrombamento. Uma das janelas, porém, foi encontrada aberta e, nas paredes, havia marcas de pés.

Um agente disse ao DIÁRIO que o trabalho está apenas no começo. O próximo passo será a coleta de depoimentos de todas as pessoas que trabalham no local e dos seguranças de serviço no prédio entre sexta-feira, 28, e domingo, 30. O primeiro a depor será o próprio delegado Paulino Junior, que acionou a PF.

Depois que a perícia concluir seu trabalho e forem colhidos os depoimentos de todos os servidores, o inquérito terá 45 dias para ser concluído. Ele também poderá ser prorrogado, caso haja necessidade, o que incluiria novas diligências. No interior do prédio há inúmeras câmeras, cujas imagens também serão requisitadas pela PF.

Ainda não é possível dizer, segundo a PF, o dia e a hora em que o furto ocorreu, bem como quem nele estaria envolvido. Há suspeita de que os notebooks teriam sido levados por alguém que tinha cópia da chave da sala. É possível que o fato tenha ocorrido na hora do jogo final da Copa das Confederações, entre as seleções do Brasil e Espanha, de acordo com um servidor do órgão. Ninguém da Receita, oficialmente, quis falar sobre o assunto.

FOGO

Em agosto do ano passado, um incêndio de grandes proporções atingiu o prédio do Ministério da Fazenda, onde funciona a Receita Federal, na rua Gaspar Vianna. As chamas começaram na noite de domingo, dia 26, em uma sala do sétimo andar. Em minutos, outros andares foram atingidos pelo fogo. No total, cinco andares, onde havia grande quantidade de papéis, foram destruídos pelas chamas.

Todos os serviços de atendimento ao público foram transferidos provisoriamente para salas do Conjunto dos Mercedários, no bairro do Comércio. Os serviços da Receita Federal hoje funcionam no bairro de São Brás.

Fonte: Diário do Pará