Indústria pede que próximo presidente corte impostos

A indústria deseja que o presidente eleito este ano dê prioridade à reforma tributária do País, com o corte de impostos e a simplificação do sistema de cobrança. A mudança é considerada a mais urgente entre as formuladas pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). A entidade produziu 42 propostas para o próximo governo, que foram entregues aos candidatos à Presidência da República.

“O sistema tributário é talvez uma das medidas mais importantes, porque ajuda também a destravar nossa agenda internacional. Na hora que resolvo o problema da tributação, crio mais economia e mais energia para enfrentar o comércio no mundo”, afirmou ontem, José Augusto Coelho, diretor de políticas e estratégia da CNI.

“É um país fora da curva na área de tributação. Os países normalmente não tributam investimento e nós aqui sim. O Brasil ainda exporta impostos”, disse.

A presidente Dilma Rousseff, que disputa a reeleição pelo PT, o senador Aécio Neves, do PSDB, e o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB, receberam as sugestões e irão debatê-las, amanhã, na sede da CNI, em Brasília.

Pleitos

Entre as propostas formuladas na área tributária estão o fim da cumulatividade dos impostos sobre bens e serviços – hoje há seis – e a cobrança apenas no Estado de destino, pondo fim à chamada “guerra fiscal”. “Um sistema de tributo cumulativo é quando eu tenho um processo de produção em várias etapas e não consigo descontar o tributo da etapa anterior. No sistema europeu, por exemplo, não se acumula”, afirmou Coelho.

Para a indústria, o peso dos tributos e a insegurança em relação ao recebimentos dos créditos tributários são entraves às exportações e ao desenvolvimento do setor. Outro pleito é a desoneração da tributação indireta na fase da construção. Segundo um estudo da CNI, o custo de instalação de uma planta industrial fica 10,6% mais caro no Brasil, por causa dos impostos. No México, o acréscimo de tributos no custo da obra é de 1,6% e, no Reino Unido, 0,4%.

A CNI formula o documento com sugestões aos presidenciáveis desde 1994. Desta vez, há um detalhamento mais profundo das propostas. Segundo Coelho, muitas já estão acompanhadas inclusive de sugestão de projeto de lei e instrução normativa.

Dez áreas

As propostas foram divididas em dez áreas: educação, ambiente macroeconômico, eficiência do Estado, segurança jurídica e burocracia, desenvolvimento de mercados, relações de trabalho, financiamento, infraestrutura, tributação e inovação e produtividade. O documento reforça pleitos já defendidos pela indústria, como a terceirização da força de trabalho para a atividade fim da empresa, o que atualmente é proibido pela legislação.

Segundo a CNI, trata-se de um “instrumento essencial para acesso a melhores técnicas com reflexo direto no custo do produto nacional”. Defende ainda a suspensão da Norma Reguladora nº 12, que trata da segurança em máquinas e equipamentos usados pelas empresas do país.

A CNI pede celeridade na execução de obras de infraestrutura e ainda, o aumento da participação da iniciativa privada na gestão dos transportes e na exploração de petróleo e gás e na administração das Companhias Docas, no País.

Fonte: Diário do Nordeste

One thought on “Indústria pede que próximo presidente corte impostos

  1. O meu sonho e que isso acontecesse, uma reformulação tributária. Nao sabia que a CNI havia sido o altruísta, o agente iniciador ao revindicar e solicitar mudanças ao nosso governo e que mesmo ao ter passado 20 anos, não desistiu dessa possivel realidade. Segunda feira, passei um e-mail a um advogado onde podesse ser o agente motivador de uma parceria entre advogados e empresas privadas do Pará a cobrar do governo essa mudança, que embora va diminuir recolhimento aos cofres publicos mas irá beneficiar toda uma nação. Começariamos pelo Pará ate nosso movimento se estender para todo o Brasil. Fiz essa proposta, mais nao sei se ele irá absorver e se enpenhar como voces nessa mudança. O governo inventa milhares de impostos para que todos nos independente de classe social pague por essas decisões que nao volta ao povo atraves investimentos educacionais e saude e etc. Mudanças! Acreditamos! Não desistam, parabens!

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