“BLOCO K” reforça adoção de melhores controles sobre produção e estoque
O alerta é de Mauro Negruni, diretor de conhecimento e tecnologia da Decision IT e membro do grupo de empresas participantes dos projetos-piloto do SPED
Marcada para entrar em vigor a partir do dia 1º de janeiro de 2015 em alguns estados, a obrigatoriedade de apresentação do “Bloco K” do SPED Fiscal (Livro de Controle da Produção e Estoque, também chamado de Livro P3) já está levando milhares de fabricantes, ou equiparados, a trabalhar intensamente para promover a adaptação de seus processos e sistemas a esta nova demanda do Sistema Público de Escrituração Digital.
Se por um lado este módulo do SPED desnudará as informações de controle de produção e estoque, demandando dados dos processos produtivos desde os insumos até o produto acabado, por outro levará as empresas a redobrar seus esforços para a correta aplicação da contabilidade de custos e na preparação dos sistemas de TI, com o objetivo de gerar as informações exigidas nos padrões do SPED.
“O Bloco K ampliará o espectro de fiscalização das autoridades tributárias, pois com o monitoramento do processo produtivo, da movimentação de cada item de estoque e do inventário mensal, o fisco poderá cruzar estes dados captados entre si e com as demais escriturações do SPED, aumentando consideravelmente seu poderio fiscalizatório”, explica Mauro Negruni, diretor de conhecimento e tecnologia da Decision IT, consultoria especializada em prover soluções em tecnologia da informação para o atendimento do SPED.
Iniciado em Minas Gerais com o chamado “SPED Mineiro”, ou “SPED UAI” (Resolução nº 3.884/2007, revogada pela Resolução nº 4.619/2013), o “Bloco K” chega às indústrias ou estabelecimentos equipados de São Paulo a partir de 1º de janeiro de 2015 (Portarias CAT 147/2009 e 29/2014). O Ceará, por sua vez, segundo o Decreto nº 31.534/2014, estabeleceu o calendário de entrega para as indústrias, ou a elas equiparadas (2015), e para os demais contribuintes (2016).
O Rio Grande do Sul também se pronunciou, determinando que as indústrias, ou a elas equiparadas, apresentem o “Bloco K” somente a partir de 2016 (Instrução Normativa 047/2014). Para os demais estados, espera-se a publicação do calendário de exigência ou as listas de contribuintes obrigados a apresentar o “Bloco K” a partir de janeiro do próximo ano.
Segundo Negruni, o grande impacto deste módulo do SPED transcende a adaptação dos sistemas de tecnologia da informação, pois demanda, mais do que nunca, a correta execução da contabilidade de custos. “Este novo cenário exigirá das empresas a correta aplicação dos conceitos e regramentos da contabilidade de custos e a adaptação dos sistemas de gestão da organização para gerar e enviar essas informações de forma coerente e segura”, pondera.
Devido a toda esta mudança trazida pelo “Bloco K” e ao curto prazo para a integral adaptação dos sistemas internos e dos colaboradores à nova realidade, o ideal é que as empresas façam, antecipadamente, um detalhado diagnóstico dos ajustes necessários.
“A análise deve preceder a ação. Assim, é fundamental realizar um minucioso estudo do ambiente da organização, mapeando onde devem ser implementados os controles essenciais não só para cumprir este projeto do SPED, mas capitais para boa administração da companhia”, salienta Negruni.
Fonte: Segs
4 thoughts on ““BLOCO K” reforça adoção de melhores controles sobre produção e estoque”
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Essa nova fiscalização ira ser muito impactante para as empresas, mas será que carência de algumas empresas, alguma empresa fica isenta dessa obrigação, ou será obrigação de toda e qualquer, terá que ser demonstrado o livro de anos anteriores ou só mente o que vier a partir de 2015.
Boa tarde Antony,
Tudo indica que a regulamentação será para as competências janeiro/2016 em diante. Não há qualquer previsão de entregas extemporâneas do bloco K. Para os Fiscos restam apenas as alternativas de conciliar os arquivos do SINTEGRA ou solicitar a IN86/2001 para períodos anteriores (e não prescritos).
Cordialmente, Mauro Negruni
Gostaria de saber quando irá sair o SPED para a produção dos políticos, e suas manobras para entregar verbas a fundo perdido. Realmente não sei aonde a Receita quer chegar, com todos os mecanismos existentes, ela precisa adentrar nas empresas para obter informações, isso é violação a livre iniciativa. Fiscalizar para quê! Nós não recebemos a contra partida e ninguém se manisfesta. Querem saber quanto, como e com quem? Mas é muita cara de pau. Ah, alguém pode informar qual é o tratamento diferenciado para as Micros e Pequenas empresas, no que tange as relações trabalhistas? O Governo pensa que aplicar 50% sobre o saldo do FGTS vai travar as demissões, esta enganado, além de disso ainda penalisa o pequeno, que ainda é pior do a grande empresa, paga a mesma coisa, e aí quebra. Enquando essa máfia do Governo interferir na economia, andaremos para trás. É só custos que esse Governo exige, mas ajudar nem pensar, assim teremos milhões de desempregados. Lamentável!
Vladimir, agradecemos seu comentário. Todos são bem vindos.