RS: Taxa de aprovação do exame de suficiência do CFC fica acima da média
A instituição do exame de suficiência, em 2011, coincide com um momento de transição no ensino da contabilidade em uma série de universidades do País. A partir da vigência dos padrões internacionais e de outras mudanças recentes envolvendo a profissão, as grades curriculares de muitos cursos vêm sendo alteradas. No caso do Rio Grande do Sul, as modificações na academia parecem estar dando certo. No exame do CFC, o Estado possui índices de aprovação superiores à média nacional.
Na mais recente edição, no segundo semestre de 2014, o índice de aprovação entre os 1.527 bacharéis que realizaram a prova foi de 61,6%, de acordo com as estatísticas do CRCRS. O resultado garantiu elevação no número de aprovados pela quinta prova consecutiva desde o segundo semestre de 2012, quando houve o menor percentual de profissionais gabaritados até então (33,9% de de 1,3 mil pessoas). Somando as oito edições realizadas até agora, são 5.881 aprovados, alcançando 48,6% dos inscritos.
No teste para técnico em contabilidade, em comparação com os bacharéis, menos pessoas alcançam a nota para obter o registro. Na última edição, apenas 23,9% conseguiram. Analisando todas as edições, nessa categoria, os índices de sucesso oscilaram entre 16,1% e 55,3%.
O coordenador da graduação em Ciências Contábeis da Unisinos, Clóvis Kronbauer, lembra que os professores abordam, ao longo do curso, os conteúdos do exame de suficiência. Em sala de aula, com frequência, são feitos exercícios com as questões de anos anteriores. “Nós não preparamos o aluno especificamente para o exame de suficiência, mas sim para exercer a profissão. E sabemos aquilo que o Conselho Federal quer”, analisa. O docente lembra que a grade curricular passou por uma série de alterações, adequando-se a normas e pronunciamentos contábeis recentes. Cerca de 80% dos alunos da universidade que prestaram a prova no ano passado foram bem-sucedidos.
Na Ufrgs, uma modificação nos conteúdos das disciplinas deve entrar em vigor neste ano, focando questões ligadas à tecnologia e ao empreendedorismo. Na mais recente edição da prova do CFC, o índice de aprovação ultrapassou 90%, de acordo com o coordenador do curso de Ciências Contábeis da Ufrgs, Ariel Behr. “Os alunos são preparados ao longo do curso. Não há algo específico para o exame”, destaca, ao defender que uma qualificação transversal, no decorrer da graduação, e não feita às vésperas da data marcada.
Situação semelhante ocorre na Pucrs. “O exame não impacta no conteúdo do curso, mas claro que as disciplinas precisam ser contemporâneas e acompanhar os temas novos da contabilidade”, diz o coordenador da graduação, Saulo Armos.
Fonte: Jornal do Comércio RS