Crescimento da indústria deve ganhar força nos próximos meses

O resultado da produção industrial em novembro, divulgado pelo IBGE, surpreendeu positivamente ao apresentar crescimento de 4,7% na comparação com igual mês do ano anterior, superando a expectativa do mercado, que previa aumento de 3,9%.

Trata-se da sétima alta consecutiva, que elevou para 2,3% o acumulado do ano e para 2,2% em doze meses, ante 1,5% na leitura anterior.

Segundo a equipe de economistas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), embora a base de comparação ainda seja fraca, o resultado da indústria é bastante significativo não só pelo crescimento contínuo nos últimos sete meses, mas também por abranger todas as categorias, tanto as voltadas para o mercado externo como para o interno.

“Isso permite esperar que a taxa de crescimento do setor industrial possa se acelerar nos próximos meses”, afirmam os economistas da ACSP.

Isto porque, explicam, além do cenário externo continuar favorável, há uma tendência de recuperação do consumo doméstico, puxada pela queda da inflação, melhora da renda, ligeira queda do desemprego, e pela redução dos juros.

Em novembro, os bens duráveis registraram alta expressiva de 15,2% na comparação interanual, com destaque para veículos (18,8%), seguidos de móveis (13,6% e Informática e eletrônicos com 12,8%.

Também os bens de capital (BK) tiveram desempenho positivo na mesma base de comparação, (8,1%), puxados pelos de transportes (13,3%) e para construção (72,7%).

Os semiduráveis apresentaram alta menos expressiva (3,0%), devido ao resultado ligeiramente negativo ( -0,2%) de vestuário e calçados, enquanto nos bens intermediários o aumento foi 4,2%, com destaque para as autopeças (15,7%).

Fonte: Diário do Comércio