Secretários de Fazenda defendem estados e municípios na reforma da Previdência

Nesta sexta-feira (7), em Brasília, secretários estaduais de Fazenda defenderam a manutenção de estados e municípios no texto da reforma da Previdência.

Os secretários de Fazenda dos estados e do Distrito Federal são unânimes em dizer que os gastos com a Previdência dos servidores públicos estaduais estão ficando insustentáveis.

Em 2018, Minas Gerais gastou R$ 22,5 bilhões para pagar aposentadorias e pensões de servidores públicos do estado; Mato Grosso, R$ 1,1 bilhão; Pará, R$ 1,5 bilhão.

Os secretários de Fazenda do Pará e de Mato Grosso defendem a urgência da reforma com estados e municípios.

“A realidade está posta. Está aí. Precisamos resolver, assegurar o futuro desses funcionários que trabalharam a vida toda e assegurar o futuro desses que estão trabalhando hoje. Precisamos da reforma da Previdência, não temos a menor dúvida disso”, afirmou o secretário de Fazenda do Pará, René Sousa.

“Isso tende a se agravar. Precisamos de fato que essa reforma seja aprovada no âmbito nacional e que sirva para todos os estados, municípios e também para o nosso país”, concordou Rogério Luiz Gallo, secretário de Fazenda do Mato Grosso.

Na quinta-feira (6), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, do MDB, divulgou uma carta que, segundo ele, tinha sido assinada por 25 dos 27 governadores, defendendo a manutenção de estados e municípios na reforma da Previdência.

Mas ao menos três governadores do Nordeste citados na carta negaram que tivessem assinado o documento. Por causa disso, a assessoria do governador Ibaneis Rocha informou que uma versão final será divulgada na terça-feira (11), depois do fórum de governadores, em Brasília.

Em conjunto, os nove governadores do Nordeste divulgaram outro documento defendendo a necessidade das reformas da Previdência, tributária e política. Mas pedindo a revisão de pontos específicos da reforma previdenciária. Como do benefício de prestação continuada, da aposentadoria dos trabalhadores rurais, da desconstitucionalização da Previdência e do sistema de capitalização.

Defenderam também a manutenção dos estados na proposta. Segundo eles, a retirada dos estados da reforma representa o abandono da questão previdenciária à própria sorte, como se o problema não fosse de todo o Brasil e de todos os brasileiros.

Fonte: Jornal Nacional